"Alfredo Júlio Fernandes nasceu em Espírito Santo do Pinhal, São Paulo, em 20 de janeiro de 1888 e desencarnou em 06 de agosto de 1937, vitima de meningite.
 
Seus pais eram portugueses: Francisco Júlio Fernandes e Dona Maria Julio Fernandes.
 
Casou-se em 1917 com dona Mocita, ficando viúvo dois anos após. Deste casamento teve um filho que desencarnou logo ao nascer. 
 
Em 1920, vindo para Minas Gerais conheceu Bercholina Arantes com quem se casou em 1921 e tiveram 8 filhos. Seu irmão, Manoel Julio já era espírita e um dia conseguiu levar Alfredo Julio ao Centro Espírita. Nesta reunião, manifestou D. Mocita que falou detalhes de sua vida. Ninguém no grupo a conheceu em vida. "Aquele instante foi como se lhe houvesse aberto as portas de Damasco", assim expressou sua filha, Teresa.
 
Em 1922, mudou-se para Uberlândia onde integrou o grupo do Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade. A partir daí, ele saía a cavalo com os livros de Kardec numa sacola. Ia de casa em casa levar a palavra do Divino Mestre. Dizia ele que sentia necessidade de dar a todos, o mais rápido possível, o conhecimento dos ensinamentos de Jesus, para que compartilhassem daquela dádiva Divina.
 
Seu espírito era tão lúcido que, 3 horas após desencarnar, ele se comunicou através de Adelino Carvalho, enquanto o seu corpo ainda estava sendo velado.
 
Alfredo Júlio era médium receitista e curador, no único Centro Espírita que existia em Uberlândia, o Fé, Esperança e Caridade. Prestou muitos benefícios a Uberlândia e a todo o Brasil. "A correspondência que ele recebia era volumosa, pois não era só do Brasil, mas também da Europa. Isto numa época em que os meios de comunicação eram difíceis, pois não havia o rádio nem a televisão", diz sua filha Tereza Fernandes Teixeira.
 
Foi por amor a este Centro de Uberlândia, onde ele teve oportunidade de ser útil, que pediu que o Centro criado em Paracatu também se chamasse "Fé, Esperança e Caridade". "Nosso pai nada construiu materialmente, mas o seu trabalho de dedicação aos doentes e o seu desprendimento fizeram dele um expoente do espiritismo", diz sua filha Teresa Fernandes Teixeira, ao jornal VIDA ESPÍRITA de Uberlândia, em 1980.
 
"Alfredo Júlio retirava seu pão de cada dia de um pequeno armazém, na esquina da Avenida Floriano Peixoto com a Praça dos Bambus, hoje Praça Tubal Vilela. Ali, naquele armazém, circulava um grande número de pessoas, não somente para comprar, mas também para desfrutar de suas palavras amáveis e cheias de ensinamentos evangélicos", diz Miguel Domingos de Oliveira no Manual "Espírita e Espiritismo".
 
Alfredo Júlio se manifesta através de psicofonia e psicografia em diversos centros e, principalmente, no Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade de Paracatu, sempre trazendo sua mensagem de paz e otimismo." (Jornal Vida Espírita, 1980).